Mais ninguém tem: a imagem do azul na escrita de Inês Pedrosa
Palavras-chave:
Inês Pedrosa, Literatura infanto-juvenil portuguesa, Metáfora, Carlos Pena Filho, Literatura comparadaResumo
Este artigo tem como objetivo analisar os caminhos técnicos que permeiam a construção ficcional da fábula Mais ninguém tem (1991), da escritora portuguesa Inês Pedrosa e, posteriormente, fazê-la dialogar com o poema Soneto do desmantelo azul, do poeta brasileiro Carlos Pena Filho. Analisaremos algumas metáforas retiradas das duas obras, a fim de embasar a nossa interpretação da construção, na obra da escritora portuguesa, de uma rede social pautada na diversidade cultural. Desta feita, discutimos no início do trabalho conceitos-chave que perpassam a obra de Inês Pedrosa e suas contribuições para o amadurecimento do público em geral e, em especial, do público infanto-juvenil, o que nos possibilitará (re)pensar a produção contemporânea da literatura infanto-juvenil portuguesa. Partindo de tais conceitos, procuramos responder sobre os questionamentos que cercam a construção ficcional da obra em análise.