Formação continuada de professores alfabetizadores
narrativas acerca do Programa Tempo de Aprender
Palavras-chave:
Educação, Alfabetização, Letramento, Programa Tempo de Aprender, Método fônicoResumo
Este estudo analisou concepções epistemológicas e didáticas para o campo da alfabetização no Programa Tempo de Aprender (Brasil, 2020) a partir de narrativas de uma docente a respeito dessa política. Para discussão teórica, nos campos da alfabetização e do letramento, ancorou-se em autores/as, tais como: Morais (2012; 2019); Soares (2004; 2020); Mortatti (2010; 2013; 2019b), entre outros. Contou, ainda, com contribuições de documentos legais (Brasil, 1988; 1996; 1998; 2001; 2007; 2012; 2017; 2019; 2020). Trata-se de uma pesquisa qualitativa, realizada em 2022-2023, que contou com a análise documental do Programa Tempo de Aprender (2020), bem como com entrevista semiestruturada com uma docente atuante na Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, em 2023. O tratamento dos dados foi conduzido por meio da análise de conteúdo temática orientada por Bardin (1977). Os resultados da entrevista, foco deste artigo, apontaram para uma ruptura entre o Programa Tempo de Aprender, cuja prerrogativa é a defesa pelo método fônico de alfabetização, e políticas que o precederam, a exemplo do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – PNAIC, em que há a defesa pela alfabetização para o letramento. A professora declarou que se trata de uma proposta que engessa o trabalho docente e limita os processos de alfabetização e letramento. Trouxe à tona a experiência do professor em sala de aula como componente crucial para adotar encaminhamentos didáticos e pedagógicos que contrariam a esfera das políticas impostas.