Atravessamentos de uma prática alfabetizadora no contexto de ensino remoto
um olhar para a heterogeneidade de conhecimentos sobre a escrita alfabética dos alunos
Palavras-chave:
Alfabetização, Heterogeneidade, Escrita alfabética, Ensino remotoResumo
Com o advento da pandemia da COVID-19, iniciada no Brasil em março de 2020, ensinar a ler e escrever no contexto do ensino remoto emergencial se mostrou como um desafio ainda maior para as professoras alfabetizadoras. Nessa direção, a presente pesquisa buscou analisar as práticas mobilizadas por uma professora do 2º ano do ensino fundamental, de uma escola municipal de Petrolina-PE, para o atendimento à heterogeneidade de conhecimentos acerca da escrita alfabética apresentados pelos alunos. Como pressupostos teóricos, embasamo-nos nos estudos de Soares (2006), Carvalho (2008), Morais (2012) acerca da heterogeneidade de conhecimentos dos aprendizes nas diferentes perspectivas de alfabetização; de Goigoux (2007) e Tardif (2008) sobre os ‘esquemas profissionais’ e os saberes e práticas docentes. Como procedimentos metodológicos, pautamo-nos em uma abordagem qualitativa, onde realizamos atividades diagnósticas com os alunos que frequentavam as aulas síncronas, questionários, entrevistas e observações de aulas, no formato remoto, com a professora, sendo os dados coletados submetidos à Análise de Conteúdo (Bardin, 2004). Os resultados evidenciaram as maneiras de fazer no ensino remoto da professora alfabetizadora que revelava consciência acerca da heterogeneidade de conhecimentos sobre a escrita alfabética dos seus alunos e buscava estratégias para dar conta desse fenômeno, mobilizando, para isso, alguns ‘esquemas profissionais’, como: atendimento ao coletivo de alunos; atendimento no whatsapp; atendimento individual; e atividades de reforço.