Quando eu fecho a porta quem manda na minha sala sou eu! Entre a autoridade e a alteridade

perspectivas aporéticas da docência

Resumo

Este texto pretende, em diálogo com a perspectiva desconstrucionista derridiana, transitar por entre aporias, como forma de significar (sem fixar) os modos pelos quais problematizam-se os exercícios da docência, para além das perspectivas dicotômicas de obediência e desobediência curricular. A possibilidade de pensar a escola, o currículo e a docência como adiamentos, que se (des)constroem também aporeticamente, evidencia, ao mesmo tempo, a busca pela liberdade infinita e incalculável e o desejo de torná-los, de algum modo, capturáveis. Coloca-se em debate a lógica subjacente a perspectiva que aponta para a educação como caminho salvífico, a partir da institucionalização de currículos comuns e universalizantes, problematizando-se o compromisso da escola e da docência em responder singularmente aos apelos da alteridade. O ato educativo como invenção, irrompe como possibilidade de manter a escola em abertura, uma escola do acontecimento, da inventividade, da decisão responsável, mesmo diante da tentativa, impossível, de controle e fixação.