O “voo da mosca” - saberes em ciências
os argumentos dos jovens estudantes e a aprendizagem nos quotidianos educativos
Palabras clave:
Aprendizagem em ciências, Explicar ciências, Cooperar no ensino das ciênciasResumen
Neste artigo pretende-se lançar um novo olhar reflexivo sobre o aprender e ensinar ciências, uma nova aventura envolta na discussão de cooperar em ciências que nos permita encontrar educadores entusiasmados e capazes de potencializar nos jovens o desejo de aprender ciências. A cooperação no ensino de ciências exige um conhecimento informado, desprovido de lógicas individuais e assente numa sinergia de parcerias de saberes rigorosos e experienciais, de diferentes sujeitos com gosto pelo saber em ciências. Constatamos no seio da comunidade educativa que uma grande parte dos jovens alunos, de diferentes comunidades locais e até de países distintos, afastam-se, na maioria dos casos, de forma precoce, do estudo das ciências, nomeadamente da Matemática, da Físico-Química, da Biologia, da Geografia e da Geologia. Este abandono disciplinar comporta consequências e condiciona, para muitos alunos, o seu percurso profissional e a sua opção quando da entrada na Universidade. Perante tal situação, e dado o posicionamento das diferentes tutelas e responsáveis educativos, quando confrontados com o insucesso de uma maioria significativa dos seus alunos como resultado da falta de interesse e de motivação para um estudo capaz de gerar conhecimento em ciências, surgiu o nosso propósito de estudo e investigação, na forma de desafio, de se lançar uma outra visão e uma outra forma de pensar esta problemática: Por que não escutar os jovens alunos, sujeitos principais do ato educativo, sobre o que eles pensam e dizem sobre o seu próprio sucesso ou insucesso no estudo das disciplinas mais ligadas às ciências?