A linguagem oral infantil sob diferentes paradigmas de avaliação
o álbum articulatório e a conversa espontânea
Palavras-chave:
Linguagem, Avaliação, Álbum articulatório, Conversa espontâneaResumo
Na clínica fonoaudiológica, o processo de avaliação é indispensável para o desenvolvimento da terapêutica a ser adotada. Considerando as duas formas mais frequentemente utilizadas para a avaliação da linguagem: a avaliação objetiva (nomeação de figuras, com uso do álbum articulatório) e avaliação subjetiva (através da situação de fala espontânea), esta pesquisa teve como objetivo investigar comparativamente a efetividade destas, na avaliação de linguagem oral em crianças. Para isto, foram realizados os dois tipos de avaliação em 20 crianças, com idades entre 4,1 e 7 anos de idade, de ambos os sexos. Através da avaliação objetiva, foi detectada a ocorrência de 88 processos alterados, entre omissões e substituições sistemáticas ou assistemáticas, enquanto que através da avaliação subjetiva foi verificada a ocorrência de 45 processos alterados, dentre os mesmos tipos de alteração. Foi identificada, por meio do teste não-paramétrico de Mann Whitney; houve diferença significativa entre o total de alterações observadas nas duas avaliações. O método de avaliação subjetiva mostrou-se o mais efetivo aos reais propósitos da avaliação fonoaudiológica da linguagem oral por considerar o seu uso real. A avaliação objetiva, embora apresente dados relevantes para o processo terapêutico, não deve ser realizada de forma isolada, sendo indicada, portanto, a sua realização de forma complementar à avaliação subjetiva para a conclusão do diagnóstico fonoaudiológico.