Infecção sanguínea relacionada a cateter venoso central em pacientes de Unidade de Terapia Intensiva na Região Metropolitana do Recife
Palavras-chave:
Cateterização, Cultura de sangue, Dispositivos invasivosResumo
A infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (ICSRC) vem se tornando uma grande preocupação para os profissionais da área da saúde. O cateter venoso trata-se de um dispositivo, bastante utilizado na prática médica, que auxilia na introdução de medicamentos. O presente trabalho teve como objetivos: levantar o prontuário dos pacientes em pacientes de UTI e identificar as espécies microbianas mais prevalentes relacionadas à infecção através do cateter. Os dados dos pacientes foram coletados em um laboratório privado de análises clínicas do Recife/ PE. Médicos e enfermeiros coletaram a ponta do cateter e amostras de hemoculturas, as quais foram enviadas para análises microbiológicas em equipamentos automatizados, como o BactT/ Alert® (bioMérieux) para determinar positividade de micro-organismos no sangue e o Vitek 2® (bioMérieux) para identificação e determinação de antibióticos, durante os anos de 2005 a 2014. A investigação demonstrou que dos 207 pacientes com ICSRC os mais acometidos foram os pacientes com idade entre 60 e 95 anos, resultando em 53,63%, e os pacientes do sexo masculino, com 109/207. Os micro-organismos que se mostraram prevalentes foram: Staphylococcus epidermidis (17,87%), Klebsiella pneumoniae (10,14%), Pseudomonas aeruginosa (10,14%), Staphylo-coccus aureus (8,21%), Candida tropicalis (9,66%), Candida parapsilosis (7,73%), Serratia marcescens (6,76%) e Candida albican (5,79%). Os cuidados desde a inserção do cateter até a utilização devem ser feitos com precauções para evitar que micro-organismos da microbiota do paciente entrem em desequilíbrio e possa acometer ainda mais esses pacientes imunodeprimidos, tendo em vista que o dispositivo que serviria como um auxílio não acometa o estado do paciente.