O impacto da pandemia de COVID-19 sobre os hábitos alimentares e o estado Nutricional dos indivíduos: uma revisão da literatura

Resumo

As medidas de saúde pública durante a pandemia COVID-19 resultaram em inúmeras restrições na vida diária devido ao distanciamento social, isolamento e confinamento domiciliar. Embora essas medidas sejam importantes para diminuir a disseminação do vírus, o impacto delas sobre os comportamentos relacionados à saúde e estilos de vida em casa é indefinido. O presente estudo é uma revisão de literatura sobre o impacto da pandemia no comportamento alimentar e as possíveis alterações de peso relacionadas a este processo. Foram selecionados
artigos sobre a temática nas bases de dados digitais PubMed, Google Acadêmico, Scielo, eCov, ScienceDirect. É certo que o isolamento social causou prejuízos à rotina dos indivíduos, relativos à prática de atividade física, socialização e bem-estar emocional, culminando em aumento nos níveis de estresse. Por sua vez, emoções negativas parecem afetar o consumo e o comportamento alimentar, trazendo uma maior procura por alimentos hipercalóricos e com alto teor de sódio, que predispõem o indivíduo à obesidade e doenças crônicas não transmissíveis, que são fatores de risco importantes para complicações de COVID-19. Entretanto, pode levar também à inapetência, o que pode reduzir o peso das pessoas, o que também é considerado fator de risco para complicações relacionadas a COVID-19. Diante disso, observa-se que o confinamento impactou os hábitos alimentares, bem como o estado nutricional dos indivíduos, podendo ter alterações a longo prazo. Porém, faz-se necessário mais estudos, a fim de trazer à luz da ciência mais informações sobre este fenômeno, para que a intervenção seja precoce e assertiva.