A produção curricular do professor alfabetizador
diálogos e questões
Palavras-chave:
Alfabetização, Formação de Professores, Currículo, PNAICResumo
Este artigo é fruto de pesquisa que teve como objeto a formação do professor alfabetizador, suas práticas e produções curriculares a partir da sua inserção no curso de formação oferecido pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa/ PNAIC. Questiona-se: que sentidos de alfabetização foram disseminados no PNAIC? Como essa formação propõe sentidos para o currículo da sala de aula? O PNAIC é estudado a partir dessa perspectiva – como política que disputa sentidos para educação, currículo e alfabetização, focalizando seu desenvolvimento nos anos de 2017, 2018 e 2019 no município do Rio de Janeiro. Observamos políticas curriculares como processos discursivos, seguindo estudos de Lopes e Macedo (2011) e Frangella (2016; 2021). A partir desse entendimento, numa leitura pós-estrutural, o currículo é uma prática discursiva, construindo a realidade, produzindo sentidos. Soma-se a isto o entendimento do ciclo de políticas de Ball (Ball; Maguire; Braun, 2016) que questiona o papel das teorias centradas no Estado na política educacional, pois desconsideram as configurações e reconfigurações e silenciam sobre os conflitos e ambivalência das práticas. Para o desenvolvimento do estudo, recorre-se à análise documental, a entrevistas com professoras-cursistas do/no PNAIC. Busca-se observar como o PNAIC infere sentidos à formação e produção curricular no cotidiano escolar, entendendo que eles se dão como movimentos de negociação.