As sociedades que não amam as mulheres
há uma psicopatia feminina?
Palavras-chave:
Psicopatia feminina, Relações de gênero, Adoecimento psíquicoResumo
O objetivo deste estudo é investigar como o fenômeno da psicopatia feminina é atravessado pelas relações de gênero. Para isso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica prévia, fundamentada em estudos pósestruturalistas de gênero e da psicopatologia. Também foi realizada uma pesquisa de campo com 10 profissionais da Psicologia, embasada na teoria da “representação social”, de Serge Moscovici. Todos os dados levantados foram submetidos a uma análise discursiva e concluiu-se que, em termos gerais, a psicopatia em indivíduos do gênero feminino é pouco discutida, vista e refletida, o que levanta a possibilidade de que esse fenômeno seja influenciado pelas relações de gênero. Não é que não existam mulheres psicopatas, mas que não há uma preocupação da comunidade científica em investigar esse fenômeno. Dessa forma, este estudo pretende verificar a correlação de ambas as variáveis: a psicopatia feminina e as relações de gênero. Por meio dos resultados aqui encontrados, percebe-se que ambas se relacionam em alguma medida. Diante disso, pode-se pensar em novas intervenções, reflexões e contribuições autênticas aos estudos da saúde mental